De acordo com a Gartner, Inc., uma empresa americana de pesquisa de tecnologia da informação e consultoria, os gastos de TI do Brasil estão previstos para um total de 125.3 bilhões de dólares em 2015, um crescimento de 5.7 % a partir de 2014. Esta é uma despesa projetada de 118.5 bilhões de dólares e, de acordo com a empresa, grande parte desse gasto será impulsionado pela economia industrial digital.
Cassio Dreyfuss, Vice-Presidente de Pesquisa da Gartner, forneceu a última perspectiva para a indústria de TI do país perante mais de 1400 CIOs e líderes de TI durante o Gartner Symposium/ITxpo que teve lugar em São Paulo. Dreyfuss disse que atualmente a maioria das empresas competem globalmente em todas as indústrias. E, apesar da desaceleração econômica, o Brasil demonstra que a Tecnologia da Informação está firmemente estabelecida na estratégia central das empresas, o que é considerado uma ferramenta de desenvolvimento de alta competitividade, na melhor das hipóteses e até mesmo em circunstâncias desafiadoras. Ele ainda acrescentou que software, serviços TI e serviços de dados móveis vão gerar um crescimento de dois dígitos em 2015, com forte demanda de TI em indústrias verticais, como serviços bancários e de valores imobiliários, manufatura, recursos naturais e mercados de consumidores.
Além disso, as projeções da Gartner mostram que o segmento de dispositivos no Brasil, que inclui PCs, tablets, celulares e impressoras, está projetado para alcançar um total de 19.1 bilhões de dólares, um aumento de 1% a partir dos gastos de 2014. Enquanto isso, os gastos com sistemas de data center deverão crescer mais de 3 bilhões de dólares, um aumento de 7% a partir de 2014. Outros segmentos, como os gastos com software vão totalizar 5.7 bilhões de dólares, acima de 13.7%; serviços TI irão alcançar 21.5 bilhões de dólares em 2015, acima de 13.7%; e serviços de telecomunicação devem chegar a um total de 75.9 bilhões de dólares em 2015, um aumento de 4.2% a partir de 2014.
O analista da Gartner vê uma grande e dramática mudança no investimento em TI no país, já que existe uma mudança na demanda e controle longe da TI, crescendo para as unidades de negócio digital que estão mais próximas do cliente. A Gartner ainda estima que 50% de todos os comerciais de tecnologia estão ativamente vendendo para as unidades de negócio, ao invés de departamentos de TI. Um grande número de representantes de vendas estão buscando por novos fluxos de dinheiro no fluido mundo digital, e eles estão descobrindo mais e mais clientes zelosos.
Clovis Lacerda, fundador e CEO da Parlacom Brasil, uma afiliada do Grupo de Empresas LeadingQuest, concorda com Dreyfuss na ideia de abraçar esta nova tendência. Lacerda acredita que cada empresa é uma unidade startup de tecnologia em si, principalmente empresas no Brasil. "A maioria das grandes cidades, agora têm ecossistemas consideráveis onde centenas a milhares de empresários startup estão altamente interligados para a criação de um público global." disse Lacerda.
O analista da Gartner também observou que a Internet das Coisas vai gerar uma grande quantidade de nova informação. Embora as máquinas inteligentes venham a tratar de parte dela, empresas digitais vão também ter impacto sobre os trabalhos de várias maneiras. A sinergia entre famílias tecnológicas irá desencadear a criação de modelos e processos de negócio totalmente novos. A Gartner prevê que até 2018, as empresas digitais irão precisar de menos 50% dos trabalhadores de processos de negócio. No entanto, empresas digitais irão também conduzir a um crescimento de 500% em postos de trabalho digitais.
"O Brasil, sendo um dos maiores países em população, certamente tem um dos recursos mais ricos neste tipo de ecossistema. Com produtos e serviços digitais baratos e onipresentes, as startup digitais podem ajudar a penetrar e construir a economia do país, eventualmente reformulando indústrias e causando uma grande explosão digital, industrial e econômica.", disse ainda Lacerda.
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